“Não tem ninguém que me ature” eu disse a mim mesma e confessei em uma roda cheia de homens. Não é só sobre essa lacuna ardente. Nem tão pouco sobre não saber as minhas qualidades, ou defeitos. Pelo contrário, é que tô tão calejada da vida ao ponto de saber que sei muito e ao mesmo tempo que nada sei.
Pois bem! É que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, e sabe isso é tão imenso depois de uma centenas de vírgulas desconexas que a gente chega e respira. Não pira! Aceita o enredo e agradece.
E eu tô bem… só cansei de escrever finais felizes que não se concretizam justamente por ser assim: Quem sou. Existem muitas verdades em ser o que me tornei, e dizer as coisas que penso. Digo pra mim que tudo isso é sinônimo de amadurecer.
Sabe, eu demorei muito tempo para perdoar quem sou e fazer as pazes com meus tons nem tão coloridos assim, e é assim que tento encarar os incontáveis mundos dentro de mim. Não sou fácil. Ninguém é. Ninguém precisa ser. E é mais ou menos isso tudo, que é imenso, que eu queria dizer. E digo!
Talvez, seja sobre o fardo de ver tudo em lupas imensas, mas também é sobre um punhado de alegria.
“Não tem ninguém que me ature”
