Não tá tudo bem. Parece que eu vivi dois séculos dentro dos meses de isolamento, que desconfio só eu pertencer. Já escolhi mil templetes novos, e uma roupa desgastada pra usar. Eu olho meu guarda-roupas e tenho uma dúzia de roupas de escritório que parecem me dizer que eu não sou aquilo mais. Talvez.
Eu não tô bem. Eu tô com ausência de mim. Essa não rotularização me angustia. Parece que todo dia eu deveria tá fazendo mais por mim, hahahhaa… ai eu sorrio e questiono! Para quê?
Só sou eu e mil pensamentos que me ferem. Os meus pensamentos não me fazem. Talvez, eu esteja rompendo a casca. Eu não moro mais em mim. Mas, tenho duas casas para morar. Nada é como antes e andar neste breu sem caminho certo à seguir é terrível. Você não acha?
Tô com medo do escuro. Um medo danado de viver sem mim. Eu não combino mais com as velhas roupas. Eu não sei o que vai ser de mim…
As vezes só dizemos adeus e isso basta. Não quer dizer que tudo esteja bem. Ou, no lugar. Eu só queria consertar tudo. Mas já não há meios para isso. Nunca foi sobre mim. Mas sim, pelo que me tornei. Nunca é sobre resultados, mas pela alegria de se conhecer pelo caminho. Sigo.